domingo, 5 de outubro de 2008

Não à Justificativa

Data propícia para um post: dia de Eleições.

Hoje eu acordei com a consciência leve. Leve porque não vou entrar na cabine de voto pra receber uma sentença de morte, não vou contribuir para a eleição de ninguém. Leve porque não precisarei desperdiçar – como muitos o consideram – o voto teclando branco ou nulo. Vou justificar. Se bem que justificar é o termo mais inadequado para a ocasião, de minha parte. Justificar o voto deveria ser chamado de Absolvição dos pecados ou Exercício de descarrego de consciência, ou então Ufa, dessa vez eu não vou ter culpa no cartório. Justificação é um processo digno de quem vota, de quem indica alguém pra ocupar um cargo. É mané, você votou no pilantra que está roubando tudo agora? Então é você quem tem que se justificar – justificar a sua escolha -, agora todo mundo está se lascando hein! O seu candidato se elegeu e não fez nada do prometido? Justifica então. O seu não se elegeu!? Que sorte, pelo menos você não corre o risco de levar culpa de nada, nem de ter que se justificar.

Não quero induzir ninguém a não votar, pelo contrário. Acredito sim, que há candidatos aptos, que ainda existam pessoas que cumprem com a palavra e que trazem a honestidade como virtude, esses, merecem um voto injustificável. Mas, infelizmente, o que se vê na política hoje, todo mundo já sabe: político corrupto já virou redundância.

Sem delongas – como diz o gaúcho, já que agora me assento nessas terras! -, senão o discurso vai começar a ficar moralista ou chato demais, só queria publicitar a minha experiência nas Eleições 2008, dizendo que eu me sinto muito bem com a minha “Justificativa”.

Aos patriotas de plantão, exponho minha admiração pela nação e pela minha cidade, estou abrindo mão do meu exercício de cidadania muito mais por uma questão física – ‘distancialmente’ falando – do que por uma questão política mesmo. Mas não hesito em dizer que me sinto unindo o útil ao agradável.

Espero, sinceramente, de quem for às urnas, que tenham olho clínico para enxergar os bons candidatos, àqueles dos quais os votos, posteriormente, não precisem ser justificados perante incompetência, incredibilidade ou qualquer outro motivo.

Boa sorte aos que votam. Boa sorte aos – bons – candidatos.

E que as justificativas não sejam necessárias no período pós eleições.


4 comentários:

Carol Casali disse...

Mas q beleza encontrar alguém que partilha comigo a noção de que (quase) tudo no mundo é clichê, (até mesmo os blasés!) heheh. Bjo pra ti e quando quiser visitar essas idéias que eu não mostro em sala de aula sinta-se à vontade (que eu me sentirei honrada!).

Anônimo disse...

Não entendo as justificativas de sermos obrigados a votar em alguém, ou, simplesmente, comparecermos à urna e anularmos nosso voto.
Plítico corrupto, redundância.
Gostei.

Bom texto Fabi..

bjooos!
Du

Admin disse...

Muito massa teu texto, Fabi. Tu tens um olhar crítico bastante amplo e desenvolve bem tuas idéias. Só cuida pra não ser um Prates da vida porque tu tens potencial pra ser melhor.

Melissa Resch disse...

tema que envolve tanta divergência..
mas ainda voto por votar!

beijo Fabe....